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14 maio 2009

O MELHOR DO MUNDO UM EXEMPLO DE SUPERAÇÃO PARA TODOS QUE AMAM O ESPORTE Lance Armstrong


Lance Armstrong
Lance Armstrong no prólogo da Volta à França em 2004
Lance Armstrong no prólogo da Volta à França em 2004
Apelido The Boss, Tour de Lance, Lance, Inc., Mellow Johnny
(do francês Maillot Jaune, camisola amarela)[1]
País Estados Unidos
Data de nasc. 18 de Setembro de 1971
Local de nasc. Austin
Informação de Equipas
Disciplina Estrada
Tipo de corredor Completo
Amador
1990–1991
1991
Subaru-Montgomery
US National Team
Profissional
1992–1996
1997
1998–2005
2009–
Motorola
Cofidis
U.S. Postal / Discovery Channel
Astana
Maiores vitórias
7 Tour de France (19992005), 22 etapas
Campeão do Mundo (1993)
Campeão dos EUA (1993)
Clásica de San Sebastián (1995)
La Flèche Wallonne (1996)
Tour de Suisse (2001)
Critérium du Dauphiné Libéré (2002, 2003)
Última actualização da infobox:
30 Jan 2009


Armstrong em palestra com cancerologistas.

Lance Armstrong (Austin, 18 de setembro de 1971) é um ciclista norte-americano, conhecido por ter vencido o Tour de France sete vezes consecutivas (1999-2005), logo após vencer uma dura batalha contra o câncer.

[editar] Biografia

Armstrong anunciou em 18 de abril de 2005, em Augusta, nos EUA, que terminaria a sua carreira logo após o Tour de France 2005, o que realmente fez. Em abril de 2006, anunciou que correria a Maratona de Nova Iorque[1], em 5 de novembro do mesmo ano, negando que o faria seriamente ou que pretendia actuar profissionalmente em maratona ou triatlo.

Mas no final de 2008, aos 37 anos, decidiu voltar ao ciclismo, correndo pela Astana. Em 2009, Armstrong disputará pela primeira vez o Giro d'Italia, naquela que será a 100ª edição da volta italiana, além de marcar presença novamente no Tour de France. [2]

Lance nasceu a 18 de Setembro de 1971 e começou a desenvolver o seu corpo desde muito novo. Sua mãe, Linda Mooneyham, teve até dois e três empregos para sustentar Lance, após o pai os ter abandonado. O seu apoio foi o motivo principal para que Lance se investisse no mundo do desporto.

Primeiro Lance praticou natação, o que o ajudou a moldar o seu carácter de lutador. Levantava-se às 4h45 todos os dias para ir treinar na piscina. Mais tarde, quando completou treze anos, descobriu o triatlo e venceu o concurso “Iron kids Triathlon”. Este foi o início de uma vida cheia de vitórias, mas também de grandes feridas.

Chris Carmichael descobriu que com a sua ajuda e o talento de Lance para o ciclismo, ele facilmente se tornaria profissional, já que amealhava taças ganhas. A sua vida deu uma volta de 180º quando, aos 21 anos, sendo um dos mais novos a competir, venceu o Campeonato do Mundo de Ciclismo em estrada.

Armstrong iniciou a sua carreira como profissional pela Motorola em 1992, na clássica San Sebastián, quando terminou em último lugar, prova que venceu em 1995.

A vitória no Campeonato do Mundo de Oslo mostrou um ciclista completo e disposto a tudo.

Um ano depois, em Verdun, venceu a sua primeira etapa do Tour de France. Em 1995 repetiu o triunfo da etapa, em França, e conseguiu a sua primeira vitória numa grande etapa no Tour, triunfo a que somou a Flecha Valona de 1996.

Durante algumas semanas, Lance tinha vindo a observar uma grande inflamação na virilha, e habituado a ignorar a dor não lhe deu importância, até que começou a vomitar sangue, a ter perdas de visão e enxaquecas.

O diagnóstico estava feito: um câncer (cancro) no testículo. Além disso os médicos descobriram-lhe, também, dois tumores, do tamanho de bolas de golfe, num pulmão e no cérebro.

Mas para uma pessoa que tinha passado toda a vida em cima de uma bicicleta, render-se à doença não era a opção a tomar. Numa entrevista Lance referiu: “Enganaste-te na pessoa ao escolheres um corpo para viver, cometeste um erro porque escolheste o meu”. Lance estava disposto a lutar contra o seu câncer.

A equipa francesa Cofidis rescindiu o contrato com Lance, tendo este que vender o seu Porsche e teve quase de fazer o mesmo com a sua casa. Estava a passar por maus momentos, mas teve forças para seguir em frente.

Aos 25 anos, numa conferência de imprensa, Lance declarou que sofria da grave doença. Um ano mais tarde, embora os médicos lhe dissessem que a probabilidade de viver fosse apenas de 40%, Lance não desistiu, e anunciou que iria regressar.

A Janeiro de 1997, um mês depois de ter acabado a quimioterapia, Lance conheceu Kristin Richard, que foi sua esposa durante 5 anos. Com ela teve três filhos, o mais velho Luke, e os gémeos Grace (“Gee”) e Isabelle (“Izzi”), sendo que os gémeos foram fecundados através de sémen congelado de Lance. Após o divórcio, o ciclista iniciou uma relação com a cantora Sheryl Crow.

Lance fundou a “Fundação Lance Amstrong” para a luta contra o câncer, e relatou, em vários livros, a sua própria história, para demonstrar que se pode superar tudo desde que se tenha energia para tal. O seu primeiro livro “It’s not about the bike”, vendeu milhares de exemplares, êxito que foi repetido com a sua biografia “Vontade de Vencer – A Minha Corrida contra o câncer.

Em 1998 a equipa U. S. Postal Service fechou um contrato com Lance, que voltava assim a pedalar. A sua primeira corrida foi a Rota do Sol, em Espanha, ficando Lance em 14º lugar.

Duas semanas depois participou na etapa Paris - Nice. Sem grandes resultados. A temporada não foi de todo suficiente, chegando Lance a pensar numa possível renúncia.

Em vez de fazer isso decidiu concorrer numa das provas mais importantes de todo o mundo. Em 1999 venceu o Tour de France, sagrando-se campeão na classificação geral individual. A este triunfo somaram-se mais seis vitórias no Tour, recorde absoluto. Após sua última vitória, em 2005, Lance anunciou a sua retirada.

No dia 5 de Novembro de 2006, Lance Armstrong participou da Maratona de Nova York, completando o percurso em 2h59min36s, tempo que ficou dentro da meta de 3 horas que ele mesmo havia estabelecido. Na preparação contou com a ajuda de sua ex-esposa Kristin Richards e seu eterno treinador, Chris Carmichael, para justificar a inesperada participação na prova, que serviu também para levantar fundos à sua instituição contra o câncer, Lance disse: "Serei sempre um corredor".

[editar] Doping

Uma reportagem publicada pelo jornal francês l'Équipe no dia 23 de agosto de 2005 afirmava que Lance Armstrong teria utilizado EPO (Erythropoietina) no primeiro Tour de France que venceu, em 1999. A análise, feita pelo Laboratório Nacional de Detecção de Dopagem (LNDD) de Chatenay-Malabryy (França), tomou por base amostras de urina congelada, colhidas do corredor um pouco antes do início e durante a competição. À época, não havia tecnologia disponível para esse tipo de análise. [3]

A acusação de doping gerou controvérsias entre os ciclistas. Alguns argumentavam que EPO não seria considerado doping à época, outros afirmavam ser um complô para desmoralizar Lance, mas o principal motivo para duvidar das acusações era passional: Lance Armstrong é muito admirado em todo o mundo, por ciclistas ou não, pelo facto de ter conseguido conquistar por sete vezes consecutivas o Tour de France após ter-se recuperado do câncer, além de sua luta em apoio às vítimas da doença. Para essas pessoas, não importava se uma das vitórias foi por meio de doping e, mesmo sendo, seis vitórias já seriam um feito e tanto.

Nove meses depois, no final de maio de 2006, Lance foi considerado inocente das acusações de doping pela empresa independente Scholten, que a UCI encarregou de estudar as alegações do L´Equipe. A advogada holandesa Emile Vrijman, que chefiou por dez anos a WADA (Agência Mundial Anti Doping) e depois passou a defender atletas de acusações de doping, trabalhou no relatório junto ao cientista Adriaan van der Veen, também holandês. Segundo Vrijman, os procedimentos de teste foram insuficientes para considerar a amostra de Armstrong positiva e houve má conduta da WADA e do LNDD. [4]

Entretanto, a polémica continua: a UCI criticou Vrijman por divulgar as informações sem ter consultado todos os envolvidos; Armstrong acusa a WADA de agir contra a lei [5]; a WADA afirma que as acusações de Vrijman são irresponsáveis e pretende processá-la; o jornal L'Équipe afirmou que sua reportagem mantém-se correcta, apesar do relatório. [6]

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