Quero, vê os desocupados
Acordar com o galo cantar
Cheirosos e engomados
Pegar de manhã cedo buzú lotado
Enfrentar o trânsito engarrafado
Nas avenidas esburacadas
Por conta disso tudo
Chegar ao emprego atrasado
E todo machucado
Ralar de sol a sol
Trabalhando feito escravo
Quero, vê os desocupados
Com seus grandes truques
Ao invés de esvaziar os cofres públicos
Fazer o salário mínimo multiplicar
Render até o próximo mês
Desaparecer com as dívidas
Como um passe de mágica
Quero, vê os desocupados
Com um pedaço de papel
Na ponta do lápis
Fazendo cálculos matemáticos
Na hora das compras no supermercado
E saber o quanto custa
O esforço do seu trabalho
Quero, vê os desocupados
Comer P F na hora da refeição
E não gastar a verba do governo
Com almoço e jantar
Em restaurantes finos
Grandes banquetes!
Pagando a conta com o suor
Do contribuinte
Quero, vê os desocupados
Marcar ponto na entrada
E saída do serviço
Comprovar o seu trabalho
A população que é o seu patrão
Quero, vê os desocupados
Levantar os traseiros
Das cadeiras do plenário
E se ocuparem de verdade
(Fabiana Cruz Salvador-Ba)
Vamos respeitar os direitos autorais.
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