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25 junho 2009

Ana Vitória de Almeida

Ana Vitória de Almeida
Dona Anita Vermenha
Quando menina, uma cabrita
traquina, travessa.
Se apaixonou aos 14, casou-se.

Teve uma vida sofrida!
A sua comida e das filhas;
Era maxixe cozido com água e sal,
pimenta verde com açúcar e farinha.
Período de seca nos anos 60
Onde viviam, no sertão da Bahia.

Obrigada a se ausentar
das própias filhas, Eliete e Celina;
Que não tinham roupa, uma única calcinha.
Para garantir um prato de comida
as suas duas mocinhas; Deu suas filhas,
a quem tinha condições de criar.
E quando a nuvem negra passou,
sem nunca deixar de ama-las, foi buscar.

Com seu corpo franzina
Pele enrugada do sol
No semblante do seu rosto,
expressão de mulher que sempre lutou.
As suas mãos calejadas de marcas
que mostram 75 anos, de luta no cabo da enxada;
Agora, é contra a doença inesperada.


(Vamos respeitar os Direitos Autoras)


"Esse poema é dedicado a minha avó Ana Vitória de Almeida, conhecida onde ainda vive como Anita Vermenha. Nesta obra conta um pouco da sua história de luta trabalhando desde criança na roça no cabo da enxada; Após ser abandonada pelo marido, a fome que passou com as duas filhas durante o período de seca e o sacrifício que foi obrigada a fazer para não vê as suas meninas passarem fome. Hoje depois de já ter vivido várias coisas durante toda sua vida, enfrenta a sua maior luta que é vencer o câncer".

Fabiana Cruz


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