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28 abril 2009

CONSCIENTIZAÇÃO A NÃO TER DISCRIMINAÇÃO

COMBATA O RACISMO ENSINADO A CRIANÇAS

Uma criança negra, uma menina, foi chamada de macaco (“mico-leão”) em um gibi de Mauricio de Sousa, por não ter o cabelo liso.

Não podemos aceitar esse tipo de ofensa! Todos devemos escrever para os responsáveis!

Enviamos anexo a história completa com a capa do gibi (Ronaldinho Gaúcho, n°24, Dez/2008 - RG A Deise 01) mas destacamos no primeiro anexo (RG A Deise 00) os principais quadrinhos ofensivos, colocamos abaixo os endereços de email dos responsáveis pelo gibi, para que todos escrevam manifestando o seu repúdio.

O que essa história está ensinando a nossas crianças?

Que mensagem essa história envia para as crianças negras deste país?

E que mensagem essa história envia para as crianças brancas deste país?

Está lhes ensinando desde cedo o racismo, a discriminação, a verem as crianças negras como diferentes, a abominável mentira de que as crianças negras para não serem "confundidas" com um macaco "mico-leão" tem que mudar sua própria aparência.

Iremos permitir que ensinem essas mentiras a nossas crianças?
Deixaremos barato? Faremos de conta que não aconteceu?


Miriam Leitão disse uma vez que se discrimina no Brasil porque é barato discriminar, isto é, não se cobra, não se denúncia, não se faz.
Nosso mais profundo apelo é: DEIXEMOS CARO, deixemos muito caro.
Por favor, vejam, estamos falando de nossas crianças, estamos falando do futuro, do Brasil daqui a 20, 30 anos!
Se permitirmos que ensinem impunemente o racismo a nossas crianças quando iremos nos livrar desse veneno? Nunca!
Temos que fazer nossas vozes serem ouvidas! Temos que dar um basta! Isso é dever de cada um.
Estes são os endereços dos responsáveis:
comercial@hitpublish.com.br
instituto@institutomauriciodesousa.com.br
msp@turmadamonica.com.br
imprensa.panini@litera.com.br


Também pedimos que encaminhem essa mensagem àqueles que vocês sabem que também manifestarão o seu repúdio, para que nossos esforços sejam multiplicados, e para aqueles que podem tomar uma providência legal.
Lembramos ainda que, em 17.04.2009, o Jornal Nacional da Globo exibiu uma frase racista de uma cabeleireira. Na matéria sobre Angola, na Africa, ela ao dizer que as angolanas procuravam no salão o que chamavam de "cabelo brasileiro", explicou que "quando elas estão procurando o cabelo brasileiro, estão procurando o cabelo liso, o famoso cabelo bonito".
Associando, evidentemente, o cabelo próprio do negro à feiúra, à negatividade, estabelecendo como único padrão de beleza o cabelo liso.
Interessante que a matéria destaca que as angolanas gostam de ver novelas da Globo, já dá para saber de onde elas tiraram que o "cabelo brasileiro", o "cabelo bonito" é o cabelo liso, deixando de enxergar a beleza de seus próprios cabelos.
Há um comentário sobre a matéria no site da Afrobras:
http://www2.afrobras.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=484&Itemid=1
A matéria pode ser vista no seguinte link:
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1006190-7823-ANGOLA+TEM+CRESCIMENTO+ECONOMICO+E+POBREZA+EXTREMA,00.html

É possível deixar comentários na página:
http://especiais.jornalnacional.globo.com/jnespecial/2009/04/17/cenas-do-cotidiano-do-povo-angolano/
É muito importante que todos nos manifestemos na página acima contra essa frase racista!
Também é possível enviar mensagens para o Jornal Nacional em:
http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,FEF0-10476,00.htmlnalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,FEF0-10476,00.html
Essas duas manifestações de racismo contra o cabelo dos negros nos lembrou de Malcolm X ao perguntar:
"Quem te ensinou a odiar a textura do seu cabelo? ..." Vemos que essa pergunta de Malcolm X ainda tem que ser feita hoje! O vídeo pode ser visto no link:
http://www.youtube.com/watch?v=2x8KgPf8Pq0 [~2 min.]
Construamos um Brasil mais justo, confrontemos o racismo!
Abraços,
Ativismonline – Malaika e Marcelo.




O texto se refere ao racismo a discriminação sofrida pelo negro no Brasil, abordando o assunto como forma de conscientização a toda população, informando a grande importância na educação das nossas crianças que serão o futuro do nosso amanhã.


Concordo plenamente nesse contexto, conscientização, educação a não ter preconceito e também da auto-estima de quem se tem um tom de pele mais escura ou cabelo com fios mais grossos, valorizando as suas raízes.


Mais faço algumas críticas, primeiro muitas vezes é o próprio negro se auto-discrimina, observem o negro que tem o poder aquisitivo maior ou um cargo profissional mais elevado, como ele trata o seu semelhante. No shopping Center onde na maioria das vezes os seguranças são "negros", discrimina o próprio negro, homens e mulheres que quando passam a serem famosos devido à profissão que exercem só relacionarem-se amorosamente com pessoas do dito padrão de beleza.

Outros dois exemplos; faço questão de relatar, presenciei uma situação dentro de um grande supermercado onde uma mulher que ocupa um cargo público conquistado pelo voto recebido do povo e que se diz militante de movimento negro, ter um comportamento contraditório pelo que se auto-intitula.

Outra ocasião, ainda estudante, assistir no colégio uma palestra ministrada por uma representante também de movimento negro; um ano após, já trabalhando como vendedora, fiz questão de ir recepcioná-la, primeiro; com muita tristeza ao ver que as outras colegas de trabalho logo na sua chegada, devido a sua "aparência" (cabelo rastafári), agiram de forma preconceituosa na qual eu não admito e segundo, pelo fato de ter gostado muito da palestra e queria muito prestigiá-la, mas fiquei decepcionada pela forma grosseira como a cidadã sendo ela uma socióloga, se dirigiu e tratou a minha pessoa, como se ali eu fosse a sua serviçal e sem dá a menor importância ao elogio que havia lhe dado. Não sei se essa pessoa estava com algum "problema" e resolveu descontar a minha pessoa, mas o fato é que esse ocorrido aconteceu e pela forma que se deu, foi o que me transpareceu.

Finalizando, o racismo parte muitas vezes do próprio negro e muitos para a sociedade, dizem ser militante de movimentos contra a discriminação, mas na sua vida social não põe em prática as suas teorias.

Não concordo também com certos termos empregados em frases ditas por muitos militantes ao expressar; "o PODER do negro, LUTAR contra a discriminação, COMBATER o racismo, VENCER o preconceito". De fato é o que se deve conquistar, mas o uso dessas expressões dá muito um impacto de GUERRA ao momento atual que estamos vivendo no mundo com a VIOLÊNCIA a cada dia que passar maior.
Na minha, opinião como mulher, considero-me negra mas antes de tudo, sou um SER HUMANO, cabem a todas as pessoas de qualquer que seja o tipo de movimento social, avaliar a forma correta ao transmitir seus ideais.

A população "NEGRA", (lembrando que no nesse país, o Brasil não existe 100% negro ou 100% branco, somos sim uma mistura de raças, uns com tom de pele um pouco mais claro e outros com tom de pele um pouco mais escuro), deve-se usar a expressão CONSCIENTIZAR, com isso conquistando o seu direito e a transformação de uma sociedade na qual vivemos.

(Fabiana Cruz)

Um comentário:

  1. "Quem te ensinou a odiar a textura do seu cabelo?/ Quem te ensinou a odiar a cor da sua pele" Malcom X.

    Quem te ensinou?
    Foi esta sociedade injusta e desumana que mesmo assim, insiste em afirmar que "Racismo não existe, pois somos tod@s da raça humana, somos tod@s miscigenados".
    Não existe?
    Pergunte a polícia brasileira... Quem é negro neste país.
    Seja mulher negra e adentre um supermercado com seus filhos...
    Pergunte aos seguranças de mercado...
    Quem é negro neste país.
    Pergunte a esta sociedade que tenta educar @s noss@s filh@s em pessoas que cada vez mais se envergonhem da textura dos cabelos e da tonalidade de sua pele.
    Pergunte a esta sociedade hipócrita ...
    Qual é o conceito de beleza?
    Pergunte a sociedade e não se esqueça de pedir a esta sociedade que...
    "VISTA A MINHA PELE" ANTES DE RESPONDER

    DEBORA ADÃO - Membro CGU UNEafro-Brasil e professora do Ensino Médio.

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obrigado pelo comentário