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16 abril 2009

Cultura Indígena / conteúdo pedagógico nas escolas

No dia 19 de Abril ocorrem em vários locais do Brasil atividades relacionadas ao dia do índio. Normalmente os museus fazem exposições, municípios organizam festas comemorativas e nas escolas os professores instruem os alunos a pesquisarem e fazem recreações sobre a cultura indígena.

"TODO DIA É DIA DE ÍNDIO", diz a música do cantor Jorge Benjor. Não podemos nos esquecer que os índios já viviam nessa terra portanto verdadeiros donos antes do Brasil ser "descoberto" pelos portugueses.


O colégio Eugênio Nabuco localizado na Av. Vasco da Gama Salvador-Ba Brasil, usou como conteúdo pedagógico em sala de aula a cultura indígena só que, com um diferencial. Ao invés de mandar seus alunos pesquisarem sobre a cultura indígena em livros que ao decorrer do tempo a história vem sido distorcida pela sociedade e também para as crianças saberem a situação atual que os índios vivem em nosso país, sendo eles os primeiros habitantes e verdadeiros donos dessas terras que na verdade foi usurpada pelos portugueses que aqui chegaram e "acharam" o país habitado pela população indígena.
A diretora Valdimarina Alves do colégio Nabuco convidou a tribo kariri-Xocó do estado de Alagoas para uma palestra, apresentação de dança e exposição de artesanato produzido pela população indígena da tribo Kariri-Xocó. Representando a tribo estava presente, o Cacique de grupo (Youá) acompanhado de mais três indígenas, (Moirá, Miraubi e Yakoã).
Houve uma grande integração entre alunos e os índios que se encontravam presente representando a sua tribo. Foram feitas perguntas pelos alunos sobre vários assuntos como (culinária, religião, dança e etc...) e o acesso da educação escolar com as crianças da tribo.

Como eu estava presente como mãe de aluno da instituição de ensino, não deixei de entrevistar, fotografar e filmar a apresentação dos representantes da tribo.

As respostas que foram respondidas pelos índios que se encontravam presente no estabelecimento de ensino:

KARIRI-XOCÓ é a junção de duas tribos indígenas.
KIPEÁ Língua falada pela tribo além do português.
TORÉ (CANTO e DANÇA) é um ritual feito para a reza, antes do silêncio na meditação com os deuses e para plantação na lavoura.
TORÁ (BARRO) no qual é produzida a tinta para a pintura do corpo, o barro é desmanchado na água, usando-se também o JENIPAPO VERDE ralado que em seguida é passado no corpo. As pinturas levam cerca de a 20 dias, a cor branca significa a paz e o preto luto em respeito aos ancestrais.
O TRABALHO na tribo é feito em conjunto entre homens e mulheres na (roça, lavoura, artesanato e pesca) sendo que os serviços pesados, a caça, somente é feito pelos homens.
Na RELIGIÃO é feito um ritual espiritual de meditação e purificação que leva quatro dias de defumação sem contacto sexual e se alimentando somente de chá para a rezar pelos espíritos dos vivos e dos mortos.
Os BRINCOS usados são de enfeites feitos de coco e os COLARES são utilizados penas de aves e dentes de animais sendo de grande importância.
O COCAR é feito de penas de aves e chega a levar cerca de cinco anos para serem produzidos, têm-se todo o cuidado na retirada das penas. Penas retiradas das aves do lado direito deve ser usado do mesmo lado depois de pronto, consecutivamente o lado esquerdo tamanho por tamanho para o cocar ficar aberto para está em contacto (conversar), ser abençoado por Deus, disse o cacique Youá, que o cocá é como a representação da Bíblia.



















SIGNIFICADO DOS NOMES :












Cacique YOUÁ (Sabedoria de um Guerreiro).
MOIRÁ
(Representação da família).
MIRAUB
I (Arco Verde).
YAKOÃ (Pássaro da Noite).


Fabiana Cruz


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