Deserdados mendigos
Deserdados da vida, mendigos,
Seus gritos não se ouviram.
Seus passos, atropelados,
No silêncio da madrugada
No vácuo se encobriu.
Nas calçadas enlameadas,
Nas noites de invernadas,
Faz amor em um cantinho.
As praças colocam grades,
A lixeira é o teu carrinho.
Deserdados, mendigos da vida,
O sol não te viu,
Te vejo esfomeado,
Sempre de buxo vazio.
Pés descalço eu te abraço
Filho do ingrato, Brasil.
Vamos respeitar os Direitos Autoras
Roque Assunção da Cruz (Roque Tarugo)
Poeta autor do livro FLORES NÃO MORTAS
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