Minha Praça
Minha praça não tem palmeira,
Muito menos o sabiá.
Têm ginásios e colégios,
Onde ensinam o Bê a Bá.
Tem um jardim na minha praça,
Tem postes sem iluminação.
Só serve para fazer fumaça,
O jardim da minha praça.
Tem um coletor...,
De lixo a transbordar,
Correm esgotos a céu aberto,
No jardim da minha praça.
Tem um posto sem médico;
Farmácia sem remédios,
Uma igreja sem pastor,
No jardim da minha praça.
Não tem flores ou amores,
crianças da rua semi nuas,
Falta área de lazer...,
No jardim da minha praça.
Os vândalos brincam e brigam,
Zumbem e zombem os pernilongos,
Os cães vadios ladram doentes...
No jardim da minha praça.
Ao decorrer da madrugada,
Picos, cheiros e picadas,
Fazem a nossa juventude delirar,
No jardim da minha praça.
Roque Assunção da Cruz (Roque Tarugo)
Poeta autor do livro FLORES NÃO MORTAS
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